19 out
A Mata Atlântica perdeu 70% dos mamíferos de grande e médio porte
Além da perda de parte significativa de sua área original, a Mata Atlântica sofreu uma redução, nos últimos 500 anos, de 70% no número de mamíferos de médio e grande porte. Esse processo é chamado por especialistas de defaunação, e os dados são de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Federal de Santa Catarina e do East Anglia, no Reino Unido, e recém-publicado na revista científica digital PLOS ONE.
A pesquisa analisou 41 espécies e as mais afetadas são as onças – pintadas e pardas – que tiveram uma redução de 79% da sua população. Alguns desses mamíferos são predadores que, no topo da cadeia alimentar, sofrem com a diminuição de suas presas devido à caça e, no caso da onça, a perda de território também é um fator relevante. Como consequência da ausência de predadores há um grande crescimento populacional de herbívoros, o que pode impactar até mesmo na proliferação de doenças, visto que ocorre um desequilíbrio biológico.
De acordo com os pesquisadores, os fatores-chaves para a defaunação são a caça, as acentuadas mudanças de habitat (seja pelo clima ou pelas atividades humanas), a degradação e a fragmentação das florestas, cada vez mais isoladas em consequência do crescimento das cidades e culturas agrícolas. Para fugir dos ambientes urbanos, muito próximos às áreas restantes de Mata Atlântica, os animais procuram as áreas mais íngremes como abrigo. São nessas regiões declivosas, de florestas conservadas e, muitas vezes, de difícil acesso, que se encontram a maior parte do que restou da fauna.
O maior contínuo de Mata Atlântica do Brasil, a Serra do Mar Paulista, é apontado como o principal refúgio do bioma no País. Localizado nessa região e com 6 mil hectares, o Parque das Neblinas é uma unidade de conservação que desempenha importante papel na proteção da biodiversidade. Das mais de 722 espécies de fauna já identificadas na reserva, 35 são mamíferos de grande e médio porte, incluindo a onça-parda, a anta e o veado mateiro. Além do trabalho de conservação, o Ecofuturo realiza na reserva programas de educação ambiental para escolas e moradores da região, conciliando a ação no presente, com a preparação para um futuro de mais cuidado com a natureza.
Conheça o trabalho desenvolvido no Parque: clique aqui!
Que absurdo, devemos preservar nosso planeta.
Daqui a pouco só conheceremos pela TV, vídeo, e revista.
Cada um fazendo sua parte.
Muito triste e desolador saber que muitos animais serão extintos,devido a ganância do homem. Moro em uma localidade próxima a Salvador na Bahia, onde acontece o mesmo fato.Arembepe jaua.Uma pena.uma tristeza.u
Bom dia. Infelizmente ainda estão tentando liberar a caça esportiva no Brasil. Já estão matando todo tipo de animal. A maioria dos brasileiros não tem consciência de preservação.