A restauração florestal representa um dos desafios para melhorar a qualidade ambiental de propriedades e áreas protegidas (unidades de conservação, reservas legais e áreas de preservação permanente). Envolve a aplicação de técnicas que buscam restaurar a dinâmica das florestas nativas, da biodiversidade (interação entre fauna e flora), dos recursos hídricos (proteção de nascentes de rios e corpos d’água), dos solos (função dos solos, minimização de processos erosivos e fornecimento de nutrientes) e de outros atributos da paisagem.

 

A área a ser restaurada requer a adoção de técnicas próprias de cada bioma (Mata Atlântica, Cerrado, Floresta Amazônica e outros). Nas unidades de conservação, o objetivo é incrementar as espécies vegetais e eliminar, gradualmente, as exóticas e invasoras. Nas propriedades e reservas privadas, quando não classificadas como unidades de conservação privadas, é possível implantar projetos de manejo sustentável, reunindo conservação e aproveitamento de produtos florestais, com geração de benefícios para os proprietários da área e comunidades locais.

 

O Plano de Manejo da RPPN Rodeio (Mogi das Cruzes/SP), área de 435 hectares pertencente à SPLF Investimentos e Participações, que está sendo desenvolvido com assessoria do Programa Reservas Ecofuturo, mostra a aplicação prática das técnicas de restauração florestal. Por meio do diagnóstico dos atributos ambientais, socioeconômicos e histórico-culturais da propriedade, um dos preceitos do plano de manejo é estabelecer áreas e técnicas de restauração que sejam de fácil aplicação, de baixo custo ao proprietário e de mínimo impacto ao meio ambiente.