21 set

Novas espécies são descobertas no Parque das Neblinas!

O Parque das Neblinas é uma das mais maiores unidades de conservação privada da Mata Atlântica no Brasil. Grande variedade da fauna e da flora já foi identificada nos 6 mil hectares da reserva, desde 2002. São mais de 1.200 espécies, sendo 23 com algum grau de ameaça, como o muriqui, a onça-parda, a palmeira-juçara e a anta.

O fomento e o apoio à realização de pesquisas no Parque faz parte do trabalho desenvolvido pelo Ecofuturo com objetivo de contribuir para conservação ambiental. Quanto mais esforço se dedica ao estudo de uma área, mais conhecimento se constrói sobre a sua biodiversidade, e um belo exemplo é o caso de pesquisadores que descobriram no Parque das Neblinas espécies que, até então, eram desconhecidos pela ciência.

Foram três novos registros, como o sapinho da barriga vermelha (Paratelmatobius yepiranga), endêmico do Parque das Neblinas, e o sapinho da garganta preta (Adenomera ajurauna), posteriormente encontrado nos municípios de São Paulo e Cubatão. E há também uma formiga identificada pela primeira vez no local, mas ainda sem nome oficial.

Legal, não é? Outro caso interessante é o do lambarizinho (Coptobrycon bilineatus), encontrado na bacia do rio Itatinga em 2004, dentro da área da reserva, após décadas sem ser registrado por pesquisadores. Acredita-se que o Parque pode ser seu último e único habitat.

O Parque das Neblinas é um rico ambiente para o estudo da Mata Atlântica e de sua biodiversidade. E, embora muito já tenha sido estudado, ainda há grande potencial de identificação de espécies na área. “Tenho certeza que ainda há muitas oportunidades para estudos sobre dinâmica populacional de fauna e flora, estratégias de conservação, manejo, restauração florestal e dinâmica hidrológica”, comenta Paulo Groke, diretor de Sustentabilidade do Ecofuturo.

Atualmente, o Instituto Ecofuturo mantém parcerias com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, a FEPAF (Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais) da UNESP de Botucatu, o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), a ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP, a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), e outros institutos de pesquisas e organizações não governamentais. E, claro, há disponibilidade para o desenvolvimento de outras sinergias com pesquisadores e organizações que tenham interesse em estudar o bioma.

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