02 maio
A parte que me cabe
No último post, a gente se comprometeu a apontar caminhos que possam contribuir para atingir os Objetivos do Milênio. Sentimos informar que, na verdade, não há bula, fórmula ou manual de instruções: cada passo que a gente dá, para frente ou para trás, influencia o nosso entorno, a nossa comunidade e a vida no planeta, hoje e no futuro.
Com cerca de 25 anos de diferença, duas mulheres pularam no mar, sem saber direito o quanto iam nadar, os perigos que iam correr, mas com a certeza que havia um tesouro do outro lado do oceano: mudança.
Em 1992, durante a Eco92, Severn Suzuki, uma garotinha de 12 anos, resolveu enfrentar uma plateia de políticos, jornalistas, economistas e mais um punhado de gente importante para dizer: “Na escola, desde o jardim de infância, vocês nos ensinam a sermos bem comportados. Vocês ensinam a gente a não brigar com os outros. Resolver as coisas bem. Respeitar os outros. Arrumar nossas bagunças. Não maltratar outras criaturas. Dividir e não ser mesquinho. Então, porque vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?” Hoje Severn tem 32 anos e é ativista.
Em 2007, a jovem professora brasileira Erisdê da Silva Borges se inscreveu no 1o Prêmio Ecofuturo de Educação para Sustentabilidade para salvar os açudes do pequeno povoado de Santa Luzia, no Maranhão. A justificativa era simples: “Não sei se sustentabilidade é segurar, durar, cuidar, não deixar acabar, proteger, subir, sustento. Não faço a menor ideia.. É…foi neste contexto de não saber, sabendo, que realizei a minha participação no 1º.Prêmio por meio do tema açudes: patrimônio da comunidade de Santa Luzia. Sabe por que? Porque me dói na alma….”.