16 mar
A importância da floresta para o controle de temperatura e mudanças climáticas
Essenciais para o controle de temperatura e diminuição de Gases de Efeito Estufa (GEE), as florestas são de grande importância para conter a velocidade das mudanças climáticas. Isso porque toda área florestal bem conservada tem ligação direta com a manutenção da concentração de CO2 estocado e com o regime de chuvas, pois é da floresta que emana parte da umidade que possibilita melhor qualidade de vida para a população. Além disso, em solos com pouca incidência de mata, a infiltração de água é consideravelmente menor, o que aumenta a velocidade e o volume das águas que vão diretamente para os rios, causando erosões, enchentes e assoreamento.
Debates sobre as mudanças climáticas estão sempre ligados a ações de conservação das florestas existentes e, principalmente, à regeneração de milhares de hectares que já foram degradados pela exploração humana. “Parte significativa das emissões de carbono no mundo está, de alguma forma, ligada a florestas, e as soluções também estão nelas. A restauração é um dos principais compromissos da agenda global de mudanças climáticas, além de uma das metas mais difíceis que o Brasil assumiu junto ao Acordo de Paris: restaurar 12 milhões de hectares até 2030”, afirma Paulo Groke, diretor de Sustentabilidade no Ecofuturo.
O Instituto Ecofuturo, organização criada e mantida pela Suzano Papel e Celulose, desenvolve projetos que contribuem para a conservação da Mata Atlântica e promoção da educação socioambiental. Saiba um pouco mais sobre eles:
Parque das Neblinas
Localizado nos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga, em São Paulo, o Parque das Neblinas, reserva ambiental da Suzano Papel e Celulose, gerida pelo Instituto, possui 6 mil hectares, sendo 4.500 em processo de restauração, e abriga mais de 1.200 espécies da biodiversidade. Entre as mais emblemáticas estão a onça-parda, a anta e o muriqui.
O Parque cumpre um importante papel na conservação dos recursos naturais da Serra do Mar paulista, contribuindo para a proteção do maior contínuo de Mata Atlântica do Brasil, o Parque Estadual da Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. Sua contribuição por meio da realização de ações de educação socioambiental, pesquisa, envolvimento comunitário e visitação visa fomentar a sensibilização ambiental, valorização de remanescentes florestais e o desenvolvimento sustentável da região. Desde 2006, devido aos programas que realiza, a reserva é reconhecida como Posto Avançado da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, pelo Programa Homem e Biosfera da UNESCO.
O Parque abriga, também, mais de 400 nascentes do rio Itatinga. De vertente atlântica, o rio corre para o mar e é totalmente conservado por meio das estratégias de manejo desenvolvidas pelo Ecofuturo.
Semeadura e manejo sustentável da palmeira juçara
Importante para a conservação ambiental, para o equilíbrio da Mata Atlântica e ameaçada de extinção em razão do corte ilegal, a palmeira juçara acelera o processo de restauração das áreas onde é cultivada, pois atrai espécies da fauna que transportam e disseminam pólen e sementes de outras árvores. O Ecofuturo desenvolve ações com as comunidades do entorno para seu manejo sustentável, que se fundamentam na produção de polpa alimentar, mudas e distribuição de sementes no interior dos fragmentos florestais.
Essas práticas sustentáveis servem como estratégia de conscientização e alternativa de geração de renda, também contribuindo para a valorização das florestas remanescentes. Até 2016, mais de 6 milhões de sementes de juçara já foram dispersadas na área do Parque das Neblinas.
Educação Socioambiental
O programa de Educação Socioambiental do Instituto Ecofuturo tem como objetivo estreitar a relação da comunidade com o meio ambiente, promover a sensibilização e o cuidado por meio de atividades práticas que complementam o aprendizado teórico e interdisciplinar.
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, professores da rede pública desenvolvem de forma colaborativa um programa de atividades que começa na sala de aula e se estende a visitas ao Parque, onde as crianças interagem com a Mata Atlântica e com o ambiente natural.
A programação da vivência no Parque Neblinas é definida de acordo com o conteúdo trabalhado em classe e é uma oportunidade para que os educadores participem de processos de ensino que os conduzam ao autoconhecimento e à difusão de seus conhecimentos pessoais, para o desenvolvimento de um projeto em conjunto com seus alunos e demais educadores.
O programa atende, em média, 400 crianças por ano e, desde seu início em 2010, já reuniu mais de 110 educadores e 3.900 alunos de 40 escolas da região.
Oficinas de Manejo Comunitário
Com objetivo de promover a troca de experiências e informações relacionadas à gestão de propriedades rurais, contribuir para conservação e o desenvolvimento sustentável local, unindo geração de renda à valorização da floresta em pé, o Ecofuturo realiza, desde 2008, Oficinas de Manejo Comunitário do Parque das Neblinas, que reúnem proprietários rurais da região do entorno e especialistas na área ambiental. Mais de 900 pessoas já participaram da iniciativa.