Historicamente a natureza é representada com a imagem da grande mãe, e não é a toa! Como toda boa mãe ela nos fornece todos os alimentos necessários para a nossa sobrevivência e ao mesmo tempo nos desafia, nos tira das situações de conforto, nos empurra do ninho para que possamos voar.

 

Com o novo código florestal recebemos a noticia de que a área de florestas a ser recomposta em todo o território brasileiro cairá 58% (fonte Universidade Federal de Minas Gerais), e que o desmatamento acumulado na Amazônia Legal no período de agosto do ano passado a fevereiro chegou a 1.351 quilômetros quadrados, um aumento de 91% em relação ao período anterior, segundo monitoramento realizado pelo Imazon*.

Serão estas demonstrações de involução da relação entre homem e meio ambiente? O que e como podemos aprender e compreender sobre a relação entre homem e natureza ao longo dos séculos? Há muito tempo a literatura nos mostra diversos aspectos desta relação: conflitos, deslumbramento, contradições.

 

Para além da compreensão se pertencemos a este ou outro tempo, a este ou aquele lugar, a literatura nos revela que fazemos parte de um destino comum: a humanidade. Parte da vocação da literatura, como toda arte, é a ampliação da razão sensível, que pode operar compreensões preciosas, como a de que homem e meio ambiente são elementos da mesma natureza. É o que você encontra na publicação “Leituras da natureza”, escrita especialmente para o Ecofuturo pelo jornalista e escritor Daniel Piza, onde apresenta em boa prosa que obras como Moby Dick, Vidas Secas, Dois Irmãos, Crime e Castigo, entre tantas outras, podem nos oferecer uma experiência única. “Ao nos colocar na pele dos outros, como a literatura permite, nos colocamos sob a cobertura da natureza – e quem sabe nos tornemos mais conscientes de que a sustentabilidade beneficia a todos. Não existe cuidado sem troca”.

 

 Aceite nosso convite e acesse na biblioteca virtual “leituras da natureza”

 

“Não é apenas na descrição da natureza e de suas sugestões míticas ou metafóricas que a literatura de ficção aborda temas essenciais para a vida em coletividade e suas consequências sobre o futuro do planeta. Como Freud sabia, os livros e as artes são uma fonte inesgotável de reflexões sobre o comportamento humano, sobre as formas de combinar liberdade e responsabilidade.” (Daniel Piza)

 

*O Imazon é uma associação sem fins lucrativos e qualificada pelo Ministério da Justiça do Brasil como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).