O Instituto Ecofuturo, em parceria com a FREPESP (Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo) e a WWF-Brasil, promovem, nesta sexta-feira, 15, um encontro no Parque das Neblinas, reserva de uso sustentável da Suzano Papel e Celulose gerida pelo Ecofuturo, para debater o monitoramento de vetores de pressão – tudo o que ameaça de alguma forma os objetivos das áreas de conservação – e a elaboração e avaliação de Planos de Apoio à Proteção das RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural).
A iniciativa integra a VI Oficina SIM-RPPN, Sistema Integrado de Monitoramento das Reservas Particulares do Patrimônio Natural paulistas, um convênio entre a FREPESP e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo (SMA-SP). Com intuito de fomentar a troca de experiências e o aprimoramento de estratégias para a proteção das áreas naturais de ameaças variadas, como caça, extração da palmeira juçara, incêndios, ocupação irregular do entorno, entre outas, o encontro reúne cerca de 50 participantes, incluindo profissionais de ONGs, proprietários de RPPN de São Paulo e representantes da Polícia Ambiental e da SMA-SP.
Responsável também pela gestão da RPPN Ecofuturo, localizada no Parque das Neblinas, e da RPPN Botujuru, na Serra do Itapeti, o Ecofuturo acredita no intercâmbio de conhecimento e na promoção do relacionamento entre os proprietários e a Polícia Ambiental para a melhor proteção das reservas. “As RPPNs têm um papel fundamental na preservação dos recursos naturais e o monitoramento dessas áreas e de seus vetores de pressão é crucial para o trabalho de conservação. Com a participação de proprietários de RPPN, da Polícia Ambiental, e de outras organizações relacionadas, encontros como este possibilitam integrar ainda mais os atores envolvidos, ampliar e discutir estratégias para a melhor gestão e fiscalização” afirma Paulo Groke, diretor de Sustentabilidade do Instituto Ecofuturo.
Além do conceito de vetor de pressão e de como essas ameaças podem prejudicar ou até mesmo inviabilizar os objetivos de conservação de uma reserva, o Ecofuturo apresenta no encontro os principais desafios relacionados à proteção do Parque das Neblinas e das RPPNs que gerencia, o que desenvolve no sentido de enfrentá-los, e discute práticas de proteção que podem ser aplicadas às RPPNs de menor área.
“Esta oficina simboliza o avanço na melhoria da gestão das áreas particulares protegidas do Estado, já que a segurança e proteção da reserva é essencial para a conservação da biodiversidade entre outros benefícios para natureza. Também, levar conhecimento e integrar RPPNs e outras unidades de conservação nesse trabalho é um ganho para toda a sociedade”, destaca Toni Carioba, presidente da FREPESP e proprietário da RPPN Reserva Ecológica Amadeu Botelho.
O Parque das Neblinas, que sedia o encontro, cumpre importante papel na conservação dos recursos naturais da Serra do Mar paulista, contribuindo para a proteção do maior contínuo de Mata Atlântica do Brasil, o Parque Estadual da Serra do Mar e a Serra de Paranapiacaba. A área, com 6 mil hectares em Mogi das Cruzes e Bertioga, conserva a bacia do rio Itatinga, responsável pelo fornecimento de energia que abastece o Porto de Santos, e promove pesquisa científica, manejo florestal, educação socioambiental, proteção da biodiversidade, restauração da Mata Atlântica e visitação.